14 de abril de 2011

Orquestra toca para operários

Há tempos, muito tempo mesmo, alguém, não-me-lembro-quem, me passou a seguinte historinha que compartilho com vocês, caríssimos leitores.

É que este alguém, não-me-lembro-quem, tinha um amigo muito chegado (Este, então, não faço a menor idéia quem seja) que morando em Volta Redonda numa certa época, assistiu um concerto de uma orquestra, realizado exclusivamente para operários locais e suas famílias.

Insisto no fato de não saber quem era este último. Porém, é fácil deduzir que uma vez que o concerto era exclusivamente para operários e suas famílias, o tal amigo muito chegado de alguém, não-me-lembro-quem, deveria ser um operário ou pertencer à família de um.

A apresentação da orquestra constava de um programa variado, compreendendo obras de compositores universais dos mais consagrados, do tipo Beethoven e companhia ilimitada.
Cada música era recebida com entusiasmo, sempre crescente, pela platéia. De tal modo que, ao final do concerto, orquestra e seu regente foram calorosamente aplaudidos.

Enfim, um tremendo sucesso.

No meio dessa manifestação de alegria, um operário pediu para falar, em nome de todos os companheiros presentes.

Disse ele:

– Agradecemos a presença da orquestra aqui, neste dia. Estamos muito contentes pelo concerto que assistimos e pelas músicas tocadas. E queríamos apenas fazer um pedido aos companheiros da orquestra.

O regente, companheiro da orquestra, respondeu sem pestanejar:

– Pois não. Com enorme prazer.

O operário fez o pedido:

– Gostaríamos que vocês voltassem para um novo concerto.

Seguiram-se aplausos mais intensos de todos os presentes.

E o companheiro operário concluiu:

– E que incluíssem músicas de compositores brasileiros no programa para que nós pudéssemos conhecê-las.

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