Há tempos, muito tempo mesmo, alguém, não-me-lembro-quem, me passou a seguinte historinha que compartilho com vocês, caríssimos leitores.
É que este alguém, não-me-lembro-quem, tinha um amigo muito chegado (Este, então, não faço a menor idéia quem seja) que morando em Volta Redonda numa certa época, assistiu um concerto de uma orquestra, realizado exclusivamente para operários locais e suas famílias.
Insisto no fato de não saber quem era este último. Porém, é fácil deduzir que uma vez que o concerto era exclusivamente para operários e suas famílias, o tal amigo muito chegado de alguém, não-me-lembro-quem, deveria ser um operário ou pertencer à família de um.
A apresentação da orquestra constava de um programa variado, compreendendo obras de compositores universais dos mais consagrados, do tipo Beethoven e companhia ilimitada.
Cada música era recebida com entusiasmo, sempre crescente, pela platéia. De tal modo que, ao final do concerto, orquestra e seu regente foram calorosamente aplaudidos.
Enfim, um tremendo sucesso.
No meio dessa manifestação de alegria, um operário pediu para falar, em nome de todos os companheiros presentes.
Disse ele:
– Agradecemos a presença da orquestra aqui, neste dia. Estamos muito contentes pelo concerto que assistimos e pelas músicas tocadas. E queríamos apenas fazer um pedido aos companheiros da orquestra.
O regente, companheiro da orquestra, respondeu sem pestanejar:
– Pois não. Com enorme prazer.
O operário fez o pedido:
– Gostaríamos que vocês voltassem para um novo concerto.
Seguiram-se aplausos mais intensos de todos os presentes.
E o companheiro operário concluiu:
– E que incluíssem músicas de compositores brasileiros no programa para que nós pudéssemos conhecê-las.
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