Nestor
de Holanda, meu pai, faleceu vítima de um enfarto, num sábado, às 22:30h, no dia 14 de
novembro de 1970. Estava internado, desde o dia 10, terça-feira, no antigo Hospital
da ABR – Associação Brasileira de Rádio, Instituto Estadual de Cardiologia
Aloysio de Castro.
Na
segunda-feira, dia 9, num período de cerca de três horas, entre nove e
meio-dia, utilizando sua Olivetti, folhas de papel-jornal entremeadas de papel
carbono, ele preparou o texto para o programa radiofônico semanal, O Nome do Dia, transmitido às
sextas-feiras, e escreveu, revisando com as marcações gráficas para impressão,
quatro crônicas, acrescidas das suas respectivas TELHAS SOLTAS e ÁGUA-FURTADA (forma
pela qual intitulava suas notas), para serem publicadas a partir do dia
seguinte, 10 de novembro.
À
tarde, foi ao centro da cidade para resolver diversos assuntos e entregar os
textos na Rádio MEC e no Diário de Notícias, onde mantinha sua crônica diária, a
seção Telhado de Vidro, desde o ano
de 1962.
No
início da madrugada, sentiu-se mal, foi atendido em casa e na manhã seguinte
internou-se no Hospital da ABR, de onde não mais sairia com vida.
As
crônicas PRA FRENTE, MULHERES! (originalmente
publicada em 10 de novembro de 1970), CANDIDATOS (publicada no dia 11), MENDIGOS (dia 12) e AROLDO ARAÚJO (dia 13) foram seus últimos trabalhos.
Elas serão publicados em quatro domingos neste blog a partir de hoje. Confira:
Nestor
de Holanda completaria 90
anos em 1º de dezembro de 2011. Conheça um pouco sobre sua vida e obra em seu
site: