14 de setembro de 2021

O MUNDO DA MÚSICA

             Considerações pessoais necessárias

          O mundo da música chamada de clássica - ou erudita, culta, de concerto, "artística" (sic) etc. - é muito elitista, fechado, preconceituoso e discrimina, sem reservas, aqueles que se aventuram a ingressar nele.

         Cria grupos aristocraticamente herméticos e impenetráveis aos de fora - a ralé, vamos dizer assim. Para deixar bem claro, são inúmeras as "panelinhas" existentes.

        Este compositor velho de guerra, amigo de vocês (tenta ser, pelo menos...), nunca fez parte de qualquer grupo ou panela. Fiz minha carreira ao custo de muita luta e trabalho, sem recorrer aos pistolões. Não que eu não tivesse a quem buscar. Tinha, mas não fiz. Os que lidaram comigo sabem que isto é a mais pura verdade. Muitos me ajudaram, desinteressadamente. Gente amiga, querida. Sou eternamente grato a todos por isso.

         Assim, durante mais de 50 anos, construí uma obra musical que alcança mais de 600 trabalhos, incluindo arranjos. São obras para orquestra, música de câmara, solos, música vocal etc.

        Entrei, sabe Deus como, no mundo da música de elite.

        No entanto, sou obrigado por circunstâncias diversas, a informar a todos, principalmente aos desavisados, que minha música é, simplesmente, música. Sem mais, nem menos.

        Não busquem nela traços eruditos, de escolas determinadas ou técnicas sofisticadas. Não vão encontrar. Faço da minha música o meio de me comunicar com as pessoas, o público, principalmente.

        E, com isso, aproveito a oportunidade para convidar a todos para conhecerem o meu trabalho. Estou nas redes sociais, tenho uma página no Facebook, um site com dados, um canal no YouTube e estou no Soundcloud. Posso ser encontrado em outros lugares não citados na internet. Enfim, sou um carinha fácil de achar, junto com um pouco do meu trabalho.

        Dito isso, termino dizendo que este texto apresenta as minhas considerações sobre o "mundo da música", um desabafo pessoal, mas que considerei necessário, diante de certas "circunstâncias". Sim, foi direcionado. Um recado para os... "incautos". Como está escrito nos evangelhos: "quem lê, entenda..."

        Falei, tá falado. Até mais, amigos.

Site pessoal: Nestor de Hollanda Cavalcanti

[No YouTube: Nestor de Hollanda Cavalcanti No Soundcloud: Nestor H Cavalcanti 

No FaceBook: Nestor de Hollanda Cavalcanti No Instagram: Nestor H Cavalcanti]

12 de novembro de 2018

Mais um auxílio no estudo da composição musical

Mais uma sugestão de leitura. Novamente in english, infelizmente. Mais dólares ou euros para gastar. Ou, com sorte, encontrar nas bibliotecas especializadas.

Trata-se de New Music Composition, de David Cope, editado por Schirmer Books, Nerw York. Este é também um bom livro para os interessados pelo estudo de composição musical.

São 27 capítulos, com bastantes exemplos, todos do autor, exercícios e sugestões de obras para análise após cada capítulo, terminando com uma boa bibliografia que aborda os assuntos da moderna técnica composicional.

Abaixo, vai o índice. Encontrando o livro, “boa leitura!”:

Introduction / Harmonic Progression and Chromaticism / Twelve-tone Processes / Melodic Direction / Pointillism and Klangfarbenmelodien / Polytonality / Interval Exploration / Cluster Techniques / Microtones / Percussion and Prepared Piano / Rhythm and Meter / Indeterminacy / Multimedia / Electronic Music I : Music Concrete / New “Traditional” Instrument Resources / Electronic Music II : Synthesizer Techniques / New Instruments / Electronic Music III : Further Extensions / Total Organization / Computer Techniques / Texture / Modulations / Notation / Minimalization / Mixed- and Inter-media / Biomusic / Antimusic / Decategorization / Appendix I : The Composer’s Table / Appendix II: Further Reference Materials / Appendix III: Brief Glossary of Terms

5 de novembro de 2018

Um auxílio no estudo da composição musical

Conselho não é coisa que se dê, pois, como diz o povo e o povo sempre tem razão (assim diz o próprio povo...), se conselho fosse bom não se dava, vendia-se!

Não é um conselho, por favor, é apenas uma sugestão de leitura... in english, infelizmente, porque o assunto em pauta, como ocorre com diversos outros, tem uma bibliografia quase insignificante, em nosso idioma. Que fazer? Gastar em dólares, euros ou procurar nas bibliotecas especializadas.

Um bom livro, que deve ser lido com atenção por todos os interessados pelo estudo de composição musical, é Twentieth Century Composition, de Leon Dallin, editado por WM. Brown Company Publishers, Dubuque, Iowa, USA.

São 20 capítulos, com mais de trezentos exemplos extraídos de obras de diversos compositores e exercícios após cada capítulo, que tratam de diversos assuntos da moderna técnica composicional. Afinal, estamos mais para Século XX do que XXI...

Para que se tenha uma idéia do conteúdo, transcrevo o índice e como costuma dizer meu amigo e parceiro Luiz Guilherme de Beaurepaire, “boa leitura!”:

Introduction / Melodic contour and organization / Modal melodic resources / Twentieth century melodic practices / Rhythm and meter / Chord Strcture / Harmonic progression / Tonality / Cadences / Nonharmonic materials / Motivation of harmony / Thematic metamorphosis / Imitative procedures / The twelve-tone method / Total organization / Microtones / Special effects / Indeterminate procedures / Electronic and other new music / Practical suggestions / Appendix

10 de outubro de 2016

O sonho de um compositor

Amigos:
Outro dia, acordado sonhei que recebia um cheque nominal com a singela e insignificante importância de...  Pasmem os senhores! – Cr$ 318.010.000.000.000.000,00 (Trezentos e dezoito quatrilhões e dez trilhões de cruzeiros), junto com um recibo a ser assinado, onde constava que era referente a pagamento de direitos autorais.
– Direitos autorais... Direitos autorais? Alvíssaras! Vou passear a Europa toda até Paris. Até que enfim agora sou feliz (Feliz como um pinto no lixo, embora ainda não entenda como é que alguém pode, como um pinto, ficar feliz no lixo).
Continuei:
– Não vou mais trabalhar. Darei toda roupa velha aos pobres e a mobília sem quebrar. A patroa vai ter outra lua-de-mel, será madame e morar num grande hotel. Vou comprar um nome não sei onde de Marquês ou de Visconde. Dispensarei o francês mon amour e a Madame Pompadour. Não ficarei devendo nada ao Zé ninguém do armazém. E vou procurar saber onde comprar um avião azul para percorrer a América do Sul.
Assinei o recibo e coloquei a data depois de conferi-la devidamente no calendário pendurado na parede: 10 de outubro de 1966.
Exclamei:
– Ué!... Mil novecentos e sessenta e seis?!...
Mas de repente, derrepenguente, a patroa me acordou:
– Está na hora do meu batente. Assina o recibo que vou depositar o cheque.
Cai na real e assinei o dito cujo, conferindo a data no celular: 10 de outubro de 2016. Conferi o cheque: R$ 115,64 (Cento e quinze reais e sessenta e quatro centavos).
Pensei cá com minhas semicolcheias que se fosse possível possuir a maquininha de H.G.Wells após a conversão da moeda de hoje na de cinqüenta (com trema sempre) anos atrás... Se fosse possível...
– Se acorda, vargulino! Saia pela porta de trás que na frente tem gente.
Foi um sonho, minha gente!

Um compositor em seu uniforme de trabalho descansa...
sobre o resultado da arrecadação dos seus direitos autorais!...