8 de abril de 2011

Mediocridade e cultura

Segundo o Dicionário Aurélio, mediocridade “[Do lat. mediocritate.], substantivo feminino”, que significa: “1. Qualidade de medíocre; 2. Falta de mérito; 3. Pessoa medíocre.”

mérito “[Do lat. meritu.], substantivo masculino” é o mesmo que merecimento “[De merecer + -imento.], substantivo masculino”, cujos significados são: “1. Qualidade que torna alguém digno de prêmio, estima, apreço, ou de castigo, desprezo; 2. Valor, importância; 3. Superioridade, excelência; 4. Capacidade, habilitação, inteligência, talento, aptidão: merecimento literário; merecimentos científicos”.

E medíocre “[Do lat. mediocre.]” é um “adjetivo ou um substantivo de dois gêneros”. Exemplos: “1. Mediano; 2. Sem relevo”, e, como substantivo: “Pessoa medíocre”.

Acho que chega de mediocridade. Vamos brevemente à cultura.

Ainda o Aurélio, sempre o bom Aurélio, vemos que cultura “[Do lat. cultura.], substantivo feminino” tem diversos significados. Destaco este:

A parte ou o aspecto da vida coletiva, relacionados à produção e transmissão de conhecimentos, à criação intelectual e artística.

Quando alguém publica alguma coisa no Facebook, num blog ou em qualquer página na Internet, tem de saber que a sua publicação se tornará pública, universal. Se a pessoa não quiser que isto aconteça, basta não publicar nada e, uma vez que nada foi publicado, ninguém leu ou viu. Se ninguém leu ou viu, ninguém apóia ou contesta. E se vive em paz...

Por outro lado, há situações em conflito que motivam apoios ou contestações.

No caso de uma situação de conflito, com muito destaque, como é a questão das demissões dos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) pelos diretores da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (FOSB) e as façanhas do diretor “artístico” (FOSB, naturalmente), ninguém tem, necessariamente, obrigação de ficar ao lado de qualquer das partes. Pode também ficar neutro ou indiferente. É um direito de cada um.

É preciso entender isso.

Ditas tais observações, transcrevo agora uma mensagem que li ontem de manhã no Feed de notícias do Facebook, para apreciação geral.

Muitas vozes contra Roberto Minczuk. Até agora só a mediocridade falou. Espero que os que amam a cultura acordem e defendam nosso maestro!” (Não identifico o autor, por faltar na mensagem uma explicação para mediocridade e cultura, além de uma justificativa necessária e, para não sujar este texto, contaminando-o.).

Assumidamente medíocre (de acordo com as definições dadas acima), estou inteiramente desperto e em defesa da “mediocridade falante”

Amo a música, a criação artística (conforme definição para o termo cultura), dedico-me a ela há quase cinqüenta anos.

Faz poucos dias que me coloquei ao lado dos músicos da OSB na sua luta pela própria sobrevivência (Vejam meu texto Indignação!, publicado anteriormente). Mal conheço os atuais músicos da orquestra. Os que eu conhecia mais de perto saíram há tempos.

Não tenho interesses pessoais; interesses escusos, que visam cargos, posições ou prestígio. Nada pretendo com minha atitude. Digo e repito: nada!

Não pretendia escrever mais sobre este assunto, mas a mensagem da manhã de ontem me estimulou. Ficarei por aqui.

Por enquanto.

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