13 de novembro de 2011

ÚLTIMAS TELHAS

         Nestor de Holanda, meu pai, faleceu vítima de um enfarto, num sábado, às 22:30h, no dia 14 de novembro de 1970. Estava internado, desde o dia 10, terça-feira, no antigo Hospital da ABR – Associação Brasileira de Rádio, Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro.
         Na segunda-feira, dia 9, num período de cerca de três horas, entre nove e meio-dia, utilizando sua Olivetti, folhas de papel-jornal entremeadas de papel carbono, ele preparou o texto para o programa radiofônico semanal, O Nome do Dia, transmitido às sextas-feiras, e escreveu, revisando com as marcações gráficas para impressão, quatro crônicas, acrescidas das suas respectivas TELHAS SOLTAS e ÁGUA-FURTADA (forma pela qual intitulava suas notas), para serem publicadas a partir do dia seguinte, 10 de novembro.
         À tarde, foi ao centro da cidade para resolver diversos assuntos e entregar os textos na Rádio MEC e no Diário de Notícias, onde mantinha sua crônica diária, a seção Telhado de Vidro, desde o ano de 1962.

         No início da madrugada, sentiu-se mal, foi atendido em casa e na manhã seguinte internou-se no Hospital da ABR, de onde não mais sairia com vida.
         As crônicas PRA FRENTE, MULHERES! (originalmente publicada em 10 de novembro de 1970), CANDIDATOS (publicada no dia 11), MENDIGOS (dia 12) e AROLDO ARAÚJO (dia 13) foram seus últimos trabalhos. Elas serão publicados em quatro domingos neste blog a partir de hoje. Confira:


          Nestor de Holanda completaria 90 anos em 1º de dezembro de 2011. Conheça um pouco sobre sua vida e obra em seu site: