25 de julho de 2011

Seleção brasileira

1958
Aos oito anos, 1958, pelo rádio, escutava as escalações:

Gilmar, De Sordi (Djalma Santos na final. Apenas um jogo e o melhor lateral do mundo!), Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito (Dino Sani) e Didi; Garrincha (Joel), Vavá (Mazola), Pelé (Dida) e Zagalo.

Quatro anos após, aos doze, ouvia pelo rádio e assistia o videoteipe na TV nos dias seguintes aos jogos, o mesmo time da final de 1958, mas com Mauro e Zózimo na zaga e Amarildo substituindo Pelé.
1962

1966, dois anos depois de 1964, uma bagunça generalizada, onde se inclui os meus dezesseis anos, pulo todos os fatos até meus vinte anos, em 1970, em preto e branco, mas, agora pela TV, quando escuto e vejo: Felix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gerson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino (Paulo Cesar, melhor ponta esquerda do mundo com um ou dois jogos!).

1970

Depois, vem uma época com absurdas trocas de valores e tudo fica muito estranho...

Hoje, três anos antes de 2014 - a Copa no Brasil com final no Maracanã, depois da saga dos quatro penaltis e da nova convocação, afirmo, solitário e sem nenhuma dúvida, que saudades tem idade sim! Sessenta e um anos, minha idade e, para aliviá-la, fico assistindo lances de futebol da seleção brasileira, futebol mesmo, futebol de verdade, em sites da Internet...

4 de julho de 2011

O último imperador

"Morre Otto von Habsburgo, filho do último imperador austro-húngaro"

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/07/04/morre-otto-von-habsburgo-filho-do-ultimo-imperador-austro-hungaro-924824584.asp

Ao ler esta notícia no Globo on line que, por lamentável esquecimento não mencionou o nome deste último imperador, lembrei-me de uma interessante historinha que li há tempos, onde o protagonista é justamente o ilustre esquecido da notícia acima, e que compartilho com os amigos. Lá vai.

"A Casa dos Habsburgos dominou o império Austro-Húngaro desde o ano de 1273, e a família foi um dos principais poderes políticos da Europa até a 1ª Guerra Mundial (1914–1918). O funeral do imperador Franz-Josef I da Áustria aconteceu em novembro de 1916. Foi, talvez, o último dos grandiosos funerais imperiais a ser realizado na Europa.


Os Habsburgos estão sepultados na sepultura da família, localizada no porão do mosteiro dos capuchinhos em Viena. No dia do funeral, toda a corte reuniu-se com vestes totalmente brancas, tendo os chapéus cobertos com plumas de avestruz. Uma banda militar executou melancólicos hinos fúnebres e uma obra (uma antífona) do compositor austríaco Franz Haydn. O cortejo abriu caminho, indo por escadas iluminadas com tochas flamejantes, carregando o caixão coberto com as cores imperiais, preto e dourado. Finalmente, alcançou as grandes portas de ferro da cripta, atrás das quais estava o Cardeal-Arcebispo de Viena juntamente com o seu séquito de altos oficiais da igreja.

O oficial encarregado da procissão era o Mestre de Cerimônias da corte. Ao chegar à porta cerrada e bater nela com o cabo da espada cerimonial, ele estava seguindo uma cerimônia prescrita desde tempos muito antigos.

– Abram! – ordenou ele.

– Quem vem lá? – entoou o Cardeal.

– Trazemos os restos de sua majestade imperial e apostólica, Franz-Josef I, pela graça de Deus imperador da Áustria, rei da Hungria, defensor da fé, príncipe da Boêmia-Moravia, Grão-Duque da Lombardia, Veneza, Estíria... – e assim por diante, desfiando os trinta e sete títulos do imperador.

– Não o conhecemos – respondeu o Cardeal, do outro lado da porta.

– Quem vem lá? – perguntou novamente o Cardeal.

– Trazemos os restos de sua majestade, Franz-Josef I, imperador da Áustria, rei da Hungria – falou o Mestre de Cerimônias, sendo que esta forma bastante abreviada de se apresentar o imperador só era permitida nas mais difíceis emergências.

– Não o conhecemos – foi novamente a resposta do Cardeal e torna a perguntar:

– Quem vem lá?

– Trazemos o corpo de Franz-Josef, nosso irmão, pecador como todos nós!

Com isso, as maciças portas abriram-se vagarosamente, e Franz-Josef foi levado para dentro."

(O texto acima foi extraído do livro: O Poder Curador da Graça, de David A. Seamands)